As aranhas são um dos maiores grupos dos aracnídeos, grupo que também compreende os ácaros,
carrapatos e escorpiões.
Elas vivem em quase todos os lugares: no solo, sob pedras, dentro de frestas, equipamentos como
móveis, eletrodomésticos e caixas, no meio da grama e em ramos de árvores.
As aranhas entram dentro de residências acidentalmente, pois são levadas em caixas e objetos vindos
da área externa.
Dentro das residências elas se escondem em diversos locais, como caixas, roupas ou móveis.
Algumas aranhas constroem teias para caçar insetos, enquanto outras não as constroem. As aranhas que
não tecem teias vivem em tocas que são tecidas com seda ou não constroem qualquer tipo de
abrigo.
Todas as aranhas são carnívoras e alimentam-se principalmente de insetos.
As aranhas caranguejeiras cujas espécies podem atingir tamanhos muito grandes são bastante
assustadoras.
Habitualmente associadas à falta de higiene, esses insetos podem estar presentes nos mais diversos
ambientes.
A vida urbana moderna gera grande quantidade de resíduos (lixo), o que contribui para o aumento da
proliferação das baratas, favorecida por seu hábito onívoro.
Além do aspecto repugnante de seu corpo, elas se caracterizam como vetores de organismos patogênicos
como bactérias e protozoários, causadores de doenças como cólera, difteria, toxoplasmose, entre
outras.
Devido à sua alta prolificidade e à convivência de várias gerações no mesmo local, este aracnídeo
tem grande capacidade de alcançar altas infestações em um curto período de tempo.
A fase larval é a mais longa do ciclo de vida do carrapato, enquanto o adulto pode viver até um ano
ou mais.
O adulto vive em ambientes sempre associados ao acúmulo de poeira, o que facilita sua proliferação.
Estima-se que, para cada cinco carrapatos encontrados em um animal, 95 estejam no ambiente.
As larvas, por outro lado, se concentram em ambientes com alta umidade, onde se alimentam de
detritos orgânicos e fezes de adultos.
A fêmea coloca de 300 a 400 ovos logo após se alimentar do sangue de humanos e animais domésticos,
retornando ao ambiente em seguida.
Além de serem vetores de diversas doenças para seres humanos e animais, as picadas de carrapatos
podem causar dermatites (72 carrapatos sugam 1ml de sangue por dia), gerando grande incômodo e
dificultando a convivência em áreas infestadas.
Os cupins são pequenos insetos da ordem Isoptera, que vivem em sociedades complexas, semelhantes às
formigas e abelhas.
São conhecidos por se alimentarem preferencialmente de celulose, atacando papéis, livros, estruturas
de madeira e qualquer outro material derivado deste composto.
É importante frisar que existem muitas espécies de cupins com diferentes fontes de alimento. Há
cupins que se alimentam de raízes de plantas ou de fungos.
Desta maneira, é fundamental identificar a espécie a ser controlada, diferenciando cupins que não
causam prejuízos ao homem (úteis na manutenção da cadeia alimentar) dos cupins que causam danos ao
patrimônio privado, histórico ou cultural.
Colônias de cupins são formadas a partir dos reprodutores alados (siriris ou aleluias) ou pelo
isolamento de indivíduos de uma colônia grande. Os cupins subterrâneos são assim denominados por
construírem seus ninhos no solo.
No entanto, estes cupins também podem construir seus ninhos em vãos estruturais de construções, como
caixões perdidos em edifícios, vãos entre lajes, paredes duplas ou qualquer outro espaço confinado.
Isso pode ocorrer em residências, indústrias e comércios.
Derivado do latim "scorpio/scorpionis", o termo "escorpião" coexiste com a palavra "lacrau",
originada do árabe "al-aqrab". Registros científicos comprovam a existência desses aracnídeos há
mais de 400 milhões de anos, sendo considerados os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente
terrestre.
Nessa adaptação, a carapaça de quitina, que compõe o exoesqueleto, foi crucial para evitar a perda
excessiva de água, tornando-os extremamente resilientes.
Atualmente, cerca de 1.600 espécies e subespécies de escorpiões estão catalogadas, distribuídas em
116 gêneros diferentes em todo o planeta. No Brasil, estima-se a presença de 140 espécies.
Com exceção da Antártida e da Nova Zelândia, esses aracnídeos podem ser encontrados em todos os
continentes. Habitam desde os Alpes suíços e a Europa em geral, passando pelo México, Estados Unidos
e Canadá, até a América do Sul, onde se instalam em ambientes urbanos e na Floresta Amazônica.
Sua presença também é registrada na Oceania, no norte do Mediterrâneo, no Oriente Médio, na Índia,
no norte e sul da África e na Ásia.
A paleta de cores dos escorpiões é vasta, variando do amarelo palha ao negro total, passando por
tons intermediários como amarelo-avermelhado, vermelho-amarronzado, marrom e até mesmo tons de verde
e azul.
Essa diversidade cromática contribui para a camuflagem desses animais em seus diferentes habitats.
As formigas apresentam comportamento social e não necessitam do comportamento do homem para serem
dispersas por longas distâncias, encontrar locais para construção de ninhos e obter farta
alimentação.
Entre as espécies mais encontradas e economicamente importantes, podemos destacar:
1. Lava-pés: causa danos à agricultura ao cortar folhas para a construção de seus
ninhos.
2. Formiga faraó: largamente espalhada por transporte acidental, apresenta alto
risco de transmissão de doenças devido à rápida proliferação da colônia em determinadas áreas.
3. Formiga acrobática: constrói o ninho diretamente no solo ou sob pedras e outros
objetos. Quando perturbada, pode morder ou picar dolorosamente.
4. Formiga fantasma: comumente encontrada em árvores doentes, madeiras em
decomposição e alimentos ricos em açúcar. Move-se em fileiras e pode ser considerada uma praga
urbana.
As lacraias fêmeas produzem cerca de 35 ovos em média, num período de dias.. Os ovos são botados em
um ninho escavado na terra durante o verão.
As lacraias adultas podem viver de 3 a 6 anos. Elas são noturnas, mas podem ser ativas durante o dia
em ambientes úmidos e escuros, em busca de presas.
As lacraias são miriápodes da classe Quilópode, com cerca de 200 espécies descritas no Brasil.
Possuem um par de patas em cada segmento do corpo, exceto no primeiro e último. O primeiro par de
patas é modificado em quelíceras, que inoculam peçonha.
Embora muito temidas, a maioria dos acidentes causados por lacraias no Brasil são de pequena monta,
com sintomas locais como dor, inchaço e vermelhidão.
As áreas urbanas são habitadas por diversos animais, incluindo três espécies de roedores
sinantrópicos: ratazanas, ratos de telhado e camundongos.
Apesar de coexistirem no mesmo ambiente, cada espécie possui características e hábitos distintos que
influenciam seu comportamento e os riscos que representam à saúde humana.
A ratazana prefere ambientes úmidos como esgotos e tocas, alimentando-se de uma variedade de fontes,
incluindo cereais, carnes e derivados.
Habilidades notáveis da ratazana incluem sua ótima capacidade de natação, podendo permanecer
submersa por até três minutos e nadar cerca de um quilômetro sem parar.
O rato de telhado prefere locais secos e altos, como forros, e se alimenta principalmente de
cereais, frutas e ração animal. Raros são os casos em que são vistos no chão.
O camundongo, o menor dos três roedores, é frequentemente encontrado em locais pouco utilizados em
cozinhas, como dentro de fogões, alimentando-se de restos de alimentos.
Importante: A urina de todos os roedores pode transmitir diversas doenças à saúde humana, sendo a
leptospirose a mais comum.
As traças das roupas pertencem à ordem Lepidoptera, família Tineidae, e são microlepidópteros que
atacam roupas de lã, tapetes, peles de animais, etc.
As formas jovens destas traças são lagartas e, em algumas espécies, como a Tineola uterella
Walsingham, podem ficar protegidas por um estojo portátil chato em forma de losango, sendo
encontradas aderidas a superfícies tais como paredes, móveis, etc.
Este estojo, aberto em ambas as extremidades, permite a movimentação da lagarta dentro do estojo,
que se desloca pelas superfícies em que está aderido.
As pulgas são insetos sem asas da ordem Siphonaptera. São parasitas externos que se alimentam do
sangue de diversos animais, incluindo mamíferos e aves. Estes animais podem transmitir diversas
doenças graves, como o tifo, a peste bubônica e a tularemia.
Elas afetam normalmente animais de estimação, como o gato, o cachorro, entre outros. Podendo viver
em diferentes animais durante seu ciclo de vida, dependem do hospedeiro para se alimentarem e se
protegerem.
Além de provocarem incômodo pelas picadas, podem transmitir vermes, parasitas sanguíneos e outros
patógenos, além de causar coceira intensa, irritação da pele e queda de pelos, o que diminui a
qualidade de vida dos animais.
Uma pulga é capaz de pular cerca de 1 metro de altura, o que, em proporção ao seu tamanho, seria
A mosca doméstica é um inseto da ordem Diptera, um dos mais comuns no mundo.
Ela pode pousar em comida e contaminando-a de bactérias, e tem sido, ao longo da história,
responsável por inúmeras propagações de doenças.
Sua larva é muito útil na determinação do tempo de morte na medicina legal e na pesca. Além disso, o
estado de desenvolvimento da larva pode ajudar a determinar o tempo decorrido desde a morte de uma
pessoa.
Em ambiente hospitalar e sob rigoroso controle médico, surgiram experiências para introduzir a larva
em feridas, eliminando a carne putrefacta e evitando a gangrena.
O ciclo de vida de uma mosca varia de 25 a 30 dias, de acordo com a temperatura e a disponibilidade
de alimento.
O mosquito comum (Culex pipiens) é uma praga bem conhecida nos climas temperados.
Sua picada irritante é algo que todos nós já experimentamos. Somente as fêmeas picam, rasgando a
pele da vítima com seus estiletes e inoculando sua saliva, que contém anestésicos e anticoagulantes.
À medida que o mosquito se alimenta, seu abdome fica inchado e avermelhado devido à ingestão de
sangue.
A fêmea tem uma necessidade absoluta do sangue de um mamífero para amadurecer seus ovos. Ela põe os
ovos em pequenos recipientes com água parada, como poças, pneus velhos e vasos de plantas.
Cada um deles dará origem a uma larva aquática transparente com uma cabeça preta, que respira
através de um sifão na superfície da água.
O ruído estridente que o mosquito produz ao bater as asas bem depressa é usado para atrair
parceiros, não para o reconhecimento entre indivíduos da mesma espécie.